Ali, estou observando…
olho e vejo
o relógio da torre…
Nunca pára…
Anda se rires…
se chorares anda também…
Se o tratares menos bem, anda…
Anda na mesma, se morreres…
Se trabalhares ele anda e,
se nada fizeres,
ou nada te apetecer fazer…
não pára.
Mas para andar
alguém tem que lhe dar corda…
Comparei-me a um relógio
e sempre fui de confiança…
Às vezes… sou relógio sem corda
e o tempo não pára…
as coisas não páram, mas,
o que as faz parar no tempo,
são as saudades…
Como relógio de confiança
sempre recebi
a corda do teu amor…
E sempre enquanto o relógio da torre
percorre as horas, elas,
sem darmos por tal, voam…
Voámos nós também,
quando, de mão dada,
abraçamos a vida
neste voar juntos…
unidos… presentes…
percorrendo em cada dia,
as horas de cada noite…
Aguardando, sem pressa
a chegada do sol
que nos ilumina
e enche de vida
as nossas vidas…
café
" Siento Que YaLlega La Hora "
El Barrio