Quando te quero
é com o teu sorriso,
sincero e simples…
Com beijos e carícias,
nos queremos…
Num gostar que
cultivamos todos os dias…
Em noite frias…
com estrelas flutuando…
te quero
Te envolvo a cintura,
tenhas angústia,
alegria ou tristeza…
A ti, quero sem fronteiras
e sem pretensões,
como gotas de chuva
que pintalgam a vidraça
de uma janela…
como água que
desagua no mar…
A ti desejo
mesmo ouvindo, lá fora,
o vento e a chuva…
e busco
a maciez dos teus lábios…
Gosto do teu jeito calmo.
Tens como um veneno camuflado…
que recebo nos meus lábios…
Com ele desatino…
Mas… de nós dois…
sabes quem é amado
e quem ama?
Não pretendo nem quero
que queiras ou saibas ser amante,
pois de ti, apenas gosto…
Um estado de graça,
este gostar…
gosto de ti porque gosto,
sem nada teres que pagar…
Gosta-se de graça…
gostar… semeia-se no vento…
O gostar não vem em dicionário,
não tem regulamentos…
Da morte o amor é primo,
mas por ele
a morte é vencida…
Em si mesmo, o amor
é forte e feliz…
Amor não se conjuga,
nem se troca…
E posso amar demais ou
de menos a mim mesmo.
A mim, não me sacia o médio
e pouco, não chega…
não alinho em metades…
Me perdem ou me ganham
para sempre, as atitudes…
A ausência, entope-me…
Com excessos… fico vazio…
Vivo mais nos extremos…
Absolutas as minhas tristezas…
Intensas as alegrias…
Assim será hoje… amanhã…
E sempre!...
café
" I Want You "
Tindersticks