Haverá um mantra,
uma espécie como que
uma concentração da mente,
no nosso tempo,
que nos faz pensar que
para existir,
há que reivindicar?…
Em nós há,
sentimos que sempre há
como que uma ausência,
à qual damos um nome,
nome esse dado
conforme o que
oferecem de momento
as circunstâncias…
Ficar de mãos paradas
não é o que interessa.
mas sim, um dia após outro
fazer qualquer coisa
para preencher os
vazios, lutando
para que seja
mais e mais amplo
o vetor da nossa liberdade…
Nem sempre a alegria
de alguma conquista
tem em nós tempo
para que se sinta
e a saboreemos
porque os dias,
muitos dias,
voltam de novo
a ser corroídos pela
nossa inquietação…
Nascer não foi,
da nossa vontade, um ato…
Lutamos para um dia
ter uma morte feliz
sem que, nem sempre
nos preocupemos
com o que poderia
ter sido uma vida feliz…
A qualidade de uma vida
baseia-se numa bifurcação
que é elementar…
vida ser vivida como
uma maldição ou
vivida como uma bênção…
ter tédio da vida ou
ter sede da vida…
Por vezes caminhamos
contra o vento,
vivendo sós…
Numa terra árida
não germinam sementes…
Embora durmam,
não morrem,
não morreram
e com ânsia,
em silêncio e humildade
para despertar,
um dia a vida,
aguardam por uma
gota de água…
Somos afinal cativos,
somos prisioneiros…
Alguns dias,
mesmo dos que são
para sempre,
não deveriam existir
dias que doam,
que magoem,
que façam sofrer,
com lágrimas ou com
a simples ausência…
Dias esses que aniquilam
facilmente o desejo de sorrir,
a nossa alma calam e que
afinal, para sempre deveriam
simplesmente desaparecer…
A vida…existir…
é líder com a saudade,
sabendo então, mesmo,
ambos seguir em frente…
café
Like a Fool / Robin Gibb ( Tradução)