Hoje chove…
Ao olhar a natureza
vejo as árvores embalar…
As casas têm um aspeto frio,
as que se vêem entre o arvoredo….
O vento é agreste…
A minha voz emudeceu…
do que cantei ou fui,
hoje pouco lembro…
Não sei se sinto
desejo de gritar,
se de chorar…
Mas nem tenho lágrimas
e a voz é fraca…
Sou como esta tarde
que decorre,
com vento frio e agreste
e chuva que cai
sobre as casas
inertes e firmes…
Ainda vivo para
poder contar-te
que em mim vivem
cinzas de um sonho
que vivi com alma,
de chama ardente,
como jardim alegre e florido…
Hoje caminho,
olhos fixados no infinito…
Em solitário mar me encontro,
como vela sem destino…
Hoje sou eu,
eu, apenas um nome
e uma saudade…
Uma folha caída
desliza impelida
pelo suave vento
de outono…
café
" Feelings From The Past "
John Rhyman